The Cult - Billy Duffy

E agora para algo completamente diferente...
Os The Cult regressaram a Portugal há cerca de duas semanas para um concerto no Coliseu de Lisboa. O concerto em si não foi mau, mas tudo à volta dele foi.
Ora, para começar as portas do Coliseu abriram com uma hora de atraso, obrigando as pessoas as esperarem em pé no exterior. Uma vez abertas e estando no interior, parecia que tinha acabdo de haver ali um outro evento, pois estava tudo sujo com beatas de cigarros no chão. Uma vez sentado e instalado, fiquei à espera que entrasse em palco a banda de suporte, isto porque o bilhete dizia claramente The Cult + support. Esperei, esperei, esperei... e nada de support. Finalmente apagaram-se as luzes e entraram os Cult em palco. Com uma luz muito ténue (para fotografar foi um pesadelo, para além da pouca luz estava muito longe do palco e a compacta não faz milagres) e um palco despido de quaisquer elementos secundários (nem a bateria tinha um estrado por baixo, encontrando-se ao nível dos restantes membros da banda).
O som esteve bom, com a guitarra de Billy Duffy a debitar os riffs conhecidos e comerciais de outra geração e sempre com grande estilo e a demonstrar excelente forma.
Quanto ao Ian Astbury, esteve pesado, gordo que nem um texugo, mal vestido e com aspecto sebento, muito diferente daquele vocalista esguio de cabelos compridos e lisos como se de um índio se tratasse. Queixou-se várias vezes que estava muito calor, mas insistia em manter vestido um blusão e luvas de cabedal (depois lá tirou as luvas). Andar com os The Doors fez-lhe claramente mal...
O concerto em si, embora bom, foi muito curtinho (1h30m). Quando terminaram, saíram abruptamente do palco deixando o público confuso que ainda esperava por mais. As luzes voltaram a acender e os roadies começaram a desmontar o palco, mas o público mantinha-se firme, ora cantando, ora batendo palmas, ora assobiando em desagrado. Foi algo insólito que nunca tinha visto num concerto: o público recusava-se a sair! Ainda fiquei uns 10 minutos para apreciar a cena e ver no que ia dar. Quando saí ainda estava bem mais que metade do público no interior do recinto ainda com uma esperança vã que houvesse mais qualquer coisinha...
Em resumo, uma noite bem passada com alguns pormenores menos bons.

Para terminar deixo um outro pormenor: assim que cheguei a Lisboa nessa tarde e cerca de 5 minutos depois de estacionar e sair do carro na Av. da Liberdade, aparece-me um tipo com uma lata monumental a perguntar se eu queria comprar marijuana, haxixe ou cocaína (quando disse a cocaína fez um gesto como se fosse "de trás da orelha"). Viva a diversidade da capital...

3 comentários:

Remus disse...

:-)
Mas ele tinha uma ventoinha mesmo ao lado dele, por isso se passou calor, foi porque quis. :-)

Ana Lúcia disse...

As "manias" das estrelas. Realmente um concerto estranho...

Ricardo disse...

Me gusta mucho la escena, las sensaciones que desprende y lo bien definida que está. Muy guapa.
Saludos